Quem somos
A plataforma Sarah Baartman é um projeto desenvolvido e mantido pelo Grupo Caburé: Ciência, Sociedade e Educação (UEFS). Neste projeto, participaram professoras(es) do Instituto de Educação Gastão Guimarães (Feira de Santana), do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC/Feira de Santana), do Colégio Peixoto (Feira de Santana), do Colégio Estadual Luiz Viana Filho (Irecê) e do Colégio Estadual Luiz Rogério de Souza (Camamu); pesquisadoras(es) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ensino, História e Filosofia das Ciências (UFBA/UEFS) e da Licenciatura em Ciências Biológicas da UEFS.
Compõem o grupo pesquisadores em Ensino, Filosofia e História das Ciências, estudantes de graduação e pós-graduação e professores e professoras da educação básica, reunidos em torno das seguintes metas: (1) investigação e desenvolvimento de inovações educacionais no ensino de Ciências e Biologia que visem a melhoria da qualidade de ensino da educação básica no estado da Bahia; (2) formação de professores comprometidos com educação anti-opressiva, voltada para a promoção da justiça social e formação para ação sociopolítica de seus educandos; (3) construção de uma relação colaborativa entre escola e universidade que promova o desenvolvimento profissional mútuo de professoras(es) da educação básica, pesquisadoras(es) e formadoras(es) de professores da universidade; e (4) desenvolvimento de investigações que contribuam para o fortalecimento e democratização da área de pesquisa em ensino de Ciências.
Como é possível constatar nas fotos da página, este projeto – seus produtos educacionais, suas reflexões teóricas e escolhas metodológicas – foi desenvolvido por pesquisadores com identidades étnico-raciais diferentes, que buscaram diálogos (ou mesmo conflitos) que pudessem promover a experiência de desenvolverem relações étnico-raciais positivas entre si próprios, para que pudessem igualmente promovê-las em suas ações educacionais. Nesse processo, a escuta às(aos) colaboradoras(es) negras(os) e a reflexão sobre suas próprias relações foram fundamentais para que as(os) colaboradoras(es) brancas(os) pudessem desenvolver, ou pelo menos caminhar utopicamente, em direção ao que a literatura tem chamado de branquitude crítica, ao assumirem sua identidade racial e se conscientizarem de seus privilégios. Portanto, é importante que as(os) educadoras(es), ao examinarem e julgarem as propostas aqui apresentadas, levem em conta e tenham ciência da identidade étnico-racial de seus proponentes e de que como eles estão em processo de entendê-la.